Às 17 horas e 51 minutos desta quinta-feira (20), Santa Catarina dá início ao inverno, marcando a transição do fenômeno climático El Niño para o La Niña. Este último, agora em ascensão, promete influenciar significativamente o clima do estado durante o segundo semestre do ano.
O La Niña, oposto ao El Niño, está sendo monitorado por meteorologistas, que preveem um inverno mais rigoroso em comparação ao ano anterior. Em 2023, o El Niño manteve as temperaturas amenas ao inibir a entrada de massas de ar polar intensas. Com a chegada do La Niña, espera-se um período de frio mais intenso e prolongado em Santa Catarina.
“Provavelmente, vamos ter o mês de julho e agosto, um pouco mais seco, com um princípio de início de estiagem. A chuva será mal distribuída, bem mais irregular e os dias serão mais ensolarados”, diz Pitter Scheuer.
Segundo o meteorologista Ronaldo Coutinho, a estação será caracterizada por dias ensolarados e chuvas irregulares, o que pode afetar a distribuição de precipitação em todo o estado. Prevê-se também que o frio se estenda até a primavera, influenciando negativamente a agricultura local.
“O frio vai esticar. Ele deve entrar na primavera, deixando o final do inverno e a primavera com temperaturas mais baixas que o normal. Isso é ruim para a agricultura”, alerta Coutinho.
Além disso, há expectativas de neve nas regiões serranas entre julho e agosto, com possíveis eventos de geada isolada em outras áreas. A predominância do La Niña sugere uma temporada com mais dias de neve, embora com intensidade moderada.