O vídeo de um brasileiro gritando por seus cães na área de embarque de um aeroporto em Istambul, na Turquia, viralizou nas redes sociais nesta semana. Segundo João Paulo de Costa, que é catarinense, ele fazia uma escala no país transcontinental quando foi separado de quatro dos cinco animais de estimação que o acompanhavam.
Nas imagens é possível ver o morador de Criciúma, no Sul catarinense, João Paulo correr de um lado para o outro em frente a área de embarque do aeroporto, enquanto repetia em voz alta “my dogs, my dogs” [meus cachorros, meus cachorros]. Outros passageiros gravaram a cena, que repercutiu internacionalmente.
De acordo com João Paulo, ele havia viajado para as Filipinas com os animais da raça Papillon para um concurso de beleza. No retorno, no entanto, a companhia aérea responsável pelo voo vendeu uma quantidade superior de passagens do que a aeronave comportava e cancelou a viagem.
“Quando chegamos na Turquia (para escala), deu overbooking. Eu estava na porta de embarque e eles [funcionários] nos chamaram para dizer que deveríamos voltar ao guichê para organizar a nossa situação”, explicou.
Foi neste momento que o tutor começou a questionar sobre os animais, já distantes dele e prontos para o embarque.
“Eu disse: ‘Tenho quatro cães no porão neste voo. Quero saber onde estão. Se meu voo foi cancelado, eu quero ver meus cães. Ninguém me dava resposta e eles [atendentes] começaram a fugir de mim. Eu me desesperei”, relembrou.
Segundo João Paulo, ele chegou a gravar os funcionários o ignorando enquanto questionava sobre os animais. No vídeo feito por ele (assista acima), os atendentes aparecem se distanciando sem respondê-lo.
A situação só foi resolvida, contou, quando policiais chegaram ao local e ordenaram que a companhia aérea desse informações sobre os bichos de estimação do viajante.
“E aí começou aquela busca pelos cães. Todos da companhia entraram e uns 30 minutos apareceram com os cães. Imagina, os cães viajariam sozinhos ou ficariam no aeroporto sem assistência. Um descaso”, relatou.
Algumas horas mais tarde, o catarinense conseguiu embarcar com os animais de estimação. Já na Suíça, para onde ele estava viajando, João Paulo descobriu sobre a repercussão do vídeo que gravaram dele.
“Eu estava dormindo, dois dias depois, sem contar nada pra ninguém porque fiquei traumatizado, queria esquecer aquele episódio, quando comecei a receber ligações de pessoas preocupadas. Aí que soube do vídeo”, disse.