Santa Catarina enfrenta alta ocupação dos leitos de UTI, com 94,4% de utilização segundo dados do Centro de Informações Estratégicas para a Gestão do SUS (Cieges/SC). O aumento das internações está relacionado principalmente ao avanço das doenças respiratórias, sobretudo a influenza, que já causou 132% mais mortes em comparação com o mesmo período de 2024.
Atualmente, o estado conta com 978 leitos ativos, dos quais apenas 55 estão disponíveis. As regiões Oeste, Serra, Grande Florianópolis, Foz do Rio Itajaí, Planalto Norte e Nordeste apresentam situação crítica, com mais de 95% de ocupação em UTIs adultas.
A pressão também atinge os leitos pediátricos e neonatais, com ocupação total na Serra e no Oeste e disponibilidade mínima na Grande Florianópolis.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, novos leitos vêm sendo abertos em diversas unidades hospitalares para tentar aliviar a demanda causada pela sazonalidade das síndromes respiratórias agudas graves (SRAG).
O boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC) aponta que até 21 de junho foram registrados 1.426 casos de SRAG por influenza e 172 óbitos, contra 1.013 casos e 72 mortes no mesmo período de 2024. Crianças até 4 anos e idosos acima de 70 anos são os mais afetados, com baixa cobertura vacinal — apenas 11,5% da população vacinada — apontada como um dos principais motivos para a alta circulação do vírus.
Apesar do aumento da influenza, os casos de SRAG por Covid-19 e outros vírus respiratórios como rinovírus e vírus sincicial respiratório têm apresentado queda em 2025.
Desde 2023, o governo estadual abriu 264 novos leitos de UTI, incluindo unidades em Itajaí, Indaial, Timbó e Criciúma, mantendo a expansão da rede para atendimento integrado.
Em 12 de junho, foi decretada situação de emergência em saúde pública para fortalecer ações de prevenção e enfrentamento da SRAG, que inclui a gripe, Covid-19 e outros vírus respiratórios.
Fonte: Portal GCD
Foto: divulgação/Ascom/SES