O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) arquivou a investigação sobre a morte do detento Yago Viturino, de 27 anos, ocorrida em 7 de julho, no Presídio Regional de Rio do Sul. O preso foi diagnosticado com meningite pneumocócica e chegou a ser internado no Hospital Regional do Alto Vale, mas não resistiu.
A apuração havia sido instaurada pela 5ª Promotoria de Justiça de Rio do Sul, por meio da Notícia de Fato nº 01.2025.00038034-7, para verificar as circunstâncias da morte. Segundo a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuri), o caso foi considerado isolado, já que esse tipo de meningite não é transmissível entre pessoas. Por isso, a equipe médica descartou a necessidade de isolamento ou medicação preventiva aos demais internos.
Um mês antes, outro detento havia sido diagnosticado com meningite meningocócica, forma mais contagiosa da doença. Na ocasião, foram adotadas medidas de contenção, como isolamento e profilaxia dos contatos próximos.
Após a morte de Yago, familiares e amigos realizaram, em 12 de julho, uma manifestação em frente ao presídio, cobrando melhores condições de saúde e transparência nos atendimentos dentro da unidade.
O Ministério Público confirmou o arquivamento do procedimento, mas informou que o caso tramitou sob sigilo, sem a divulgação de detalhes por conter informações sensíveis. Os familiares foram notificados e tiveram acesso à fundamentação da decisão.
De acordo com a família, o comunicado recebido apontou que o presídio prestou toda a assistência necessária e não teve responsabilidade direta na morte. Mesmo assim, os parentes informaram que pretendem ingressar com uma ação judicial.
Foto: SEJURI/Divulgação