Divaldo Pereira Franco, um dos maiores expoentes do espiritismo no Brasil, faleceu aos 98 anos, na última terça-feira (13), em Salvador. O médium, escritor e palestrante enfrentava um câncer na bexiga desde novembro de 2024 e vinha passando por tratamentos e internações. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.
Nascido em 1927, Divaldo iniciou sua trajetória como professor primário e escriturário, mas foi desde cedo que demonstrou interesse pelo espiritismo — especialmente após uma experiência pessoal que ele classificava como decisiva: ainda jovem, perdeu os movimentos das pernas e, segundo contou, foi curado por um médium. O episódio o levou a se aprofundar na doutrina espírita.
Em 1947, fundou o centro Caminho da Redenção ao lado de Nilson Pereira de Souza, o Tio Nilson, com quem, cinco anos depois, criou a Mansão do Caminho. A instituição se tornou uma das maiores referências do espiritismo no país, atendendo diariamente cerca de 5 mil pessoas em situação de vulnerabilidade na capital baiana.
Com uma atuação marcada pela caridade e educação, a Mansão oferece atividades que vão desde estudos espirituais a ações sociais, como atendimento psicológico, cursos de informática, ginásio de esportes, lar para idosos e oficinas de artesanato.
Ao longo da vida, Divaldo Franco escreveu mais de 200 livros, traduzidos para 17 idiomas, e realizou mais de 20 mil palestras em diversos países. Por meio de suas obras e discursos, pregava a paz, a espiritualidade e o amor ao próximo, tornando-se uma voz respeitada internacionalmente no movimento espírita.
A notícia de sua morte foi compartilhada pelas redes sociais da Mansão do Caminho, que informou que o médium “retornou à Pátria Espiritual”. O velório será aberto ao público nesta quarta-feira (14), a partir das 9h, no ginásio da própria instituição, em Salvador.
Fonte: PortalLeoDias