Nesta quinta-feira (22), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma nova estimativa sobre a evolução da população do Brasil. De acordo com o novo levantamento, a população brasileira atingirá seu pico em 2041, com 220.425.299 habitantes, e começará a diminuir a partir de 2042. Esta previsão antecipa em seis anos o início da redução populacional em relação à estimativa anterior, que projetava crescimento até 2047.
A principal razão para a diminuição é a redução contínua da taxa de fecundidade, que caiu de 2,32 filhos por mulher em 2020 para 1,57 em 2023. A previsão é que a taxa atinja 1,44 filho por mulher em 2040. Segundo Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, diversos fatores contribuíram para essa queda, incluindo a urbanização, a inserção das mulheres no mercado de trabalho, o aumento da escolaridade feminina e a popularização da pílula anticoncepcional.
A idade média da população brasileira, que era de 35,5 anos em 2023, deve subir para 48,4 anos em 2070. A proporção de idosos (com 60 anos ou mais) quase dobrou entre 2000 e 2023, passando de 8,7% para 15,6%. O total de idosos aumentou de 15,2 milhões para 33 milhões, e a previsão é que em 2070 cerca de 37,8% da população será idosa, totalizando aproximadamente 75,3 milhões de pessoas.
A desaceleração do crescimento populacional será desigual entre os Estados. O Rio Grande do Sul e Alagoas devem começar a reduzir suas populações já em 2027, seguidos pelo Rio de Janeiro em 2028. Mato Grosso deverá ser o último Estado a registrar essa mudança, após 2070, enquanto Santa Catarina e Roraima iniciarão a redução populacional em 2064.
Essas novas projeções indicam uma significativa transformação demográfica no Brasil, com implicações importantes para políticas públicas e planejamento social.