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A Importância das eleições americanas para o cenário geopolítico global

Nesta terça-feira (5), os 50 estados americanos encerram a votação para eleger o próximo presidente dos Estados Unidos, com a disputa entre Kamala Harris e Donald Trump ganhando destaque nas manchetes ao redor do mundo. A eleição não é apenas uma questão interna dos EUA; suas repercussões podem moldar o futuro das relações internacionais, especialmente entre os Estados Unidos e a China.

Christopher Garman, cientista político e diretor executivo da consultoria Eurasia, destaca que a eleição pode ter um impacto significativo nas políticas comerciais entre as duas potências. A possibilidade de uma vitória de Trump, que promete adotar medidas mais rigorosas contra a China, como o aumento de tarifas e políticas comerciais punitivas, pode acirrar ainda mais a relação entre os países. Garman observa que essa tensão pode afetar diretamente países como o Brasil, que buscam manter um equilíbrio nas suas relações com ambos os lados.

Independentemente do resultado, Garman enfatiza que já existe uma tendência de deterioração nas relações entre os EUA e a China. Caso os republicanos sejam vitoriosos, essa dinâmica poderá pressionar nações como o Brasil a alinhar suas políticas exteriores com uma das potências, dificultando a manutenção de relações amistosas com ambos os lados.

As promessas de campanha de Trump incluem a implementação de uma tarifa universal de 10% sobre produtos importados e tarifas de 60% sobre produtos chineses. Mesmo que essas propostas sejam parcialmente implementadas, os efeitos sobre a economia americana podem ser significativos, gerando inflação e reduzindo o potencial de crescimento. Esse cenário pode fortalecer o dólar e enfraquecer moedas emergentes, como o real, complicando a capacidade do Banco Central brasileiro de reduzir juros no futuro.

Além disso, uma possível saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sob um governo Trump poderia prejudicar as negociações climáticas globais e ter impactos negativos para o Brasil.

Por outro lado, a eleição de Kamala Harris, se ocorrer, pode trazer uma continuidade das políticas do governo Biden, o que, segundo Garman, seria mais benéfico para o Brasil. Com um foco em evitar medidas que aumentem a inflação, uma presidência de Harris poderia criar um ambiente macroeconômico global mais favorável, potencialmente facilitando o crescimento econômico no Brasil e em outros países da região.

Portanto, as eleições americanas não apenas determinam a liderança dos Estados Unidos, mas também moldam as dinâmicas globais, influenciando diretamente o futuro econômico e político de diversas nações ao redor do mundo.

Fonte: G1

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