Santa Catarina voltou a registrar mortes por coqueluche em 2024, após uma década sem óbitos causados pela doença. Em agosto, dois bebês de apenas dois meses de idade morreram devido à infecção respiratória, um em Itajaí e outro em Joinville. Ambos ainda não haviam recebido a vacinação contra a coqueluche.
Os casos da doença tiveram um crescimento alarmante no estado neste ano. De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), até outubro, já foram registrados 106 casos, número expressivo em comparação aos anos anteriores. Em 2023, apenas dois casos foram confirmados, sem mortes.
Casos por Região
A distribuição dos casos em 2024 também reflete uma alta incidência em algumas regiões:
•Vale do Itajaí: 53 casos
•Grande Florianópolis: 21 casos
•Norte: 12 casos
•Sul: 11 casos
•Meio-Oeste: 9 casos
•Oeste: nenhum caso registrado até o momento
Segundo o Dive/SC, 2024 é o ano com o maior número de casos desde 2015, quando foram registrados 92 casos de coqueluche no estado.
O Que É Coqueluche?
A coqueluche é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis, que afeta principalmente a traqueia e os brônquios. Altamente contagiosa, a doença pode durar de 6 a 10 semanas, sendo particularmente perigosa para bebês e crianças que ainda não completaram o esquema de vacinação.
Sintomas e Transmissão
Os sintomas da coqueluche variam de leves a graves:
•Fase inicial: Mal-estar, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa, muitas vezes confundida com resfriado.
•Fase intermediária: Tosse mais intensa.
•Fase avançada: Tosse severa que pode comprometer a respiração, acompanhada de vômitos e cansaço extremo.
A transmissão ocorre através de gotículas respiratórias expelidas por uma pessoa infectada ao tossir ou espirrar.
Tratamento e Prevenção
O tratamento da coqueluche inclui o uso de antibióticos e, em casos graves, hospitalização para monitoramento. A melhor forma de prevenção é a vacinação. Disponível pelo SUS, a vacina pentavalente é administrada em três doses nos primeiros meses de vida, com reforços posteriores.
A Dive/SC reforça a importância da vacinação, especialmente para crianças e gestantes, como medida eficaz para evitar novos surtos da doença e proteger a saúde pública.
Fonte: ND+