Nesta segunda-feira (16), a cidade de Presidente Getúlio, no Alto Vale do Itajaí, relembra os quatro anos da enxurrada devastadora que deixou 18 mortos e 147 desabrigados. A tragédia, que ocorreu em 16 de dezembro de 2020, marcou a história do município, especialmente no bairro Revólver, a área mais afetada pela força da água.
Naquela noite, um temporal intenso fez com que os rios Krauel e dos Índios transbordassem rapidamente, provocando destruição e colocando a vida de centenas de moradores em risco. Em poucas horas, foram registrados 120 milímetros de chuva, volume suficiente para causar deslizamentos, alagamentos e danos estruturais em grande parte da cidade.
O Ginásio de Esportes Pereirão serviu como base para o Instituto Geral de Perícias (IGP), onde foram feitos os reconhecimentos das vítimas. Além das 18 vidas perdidas em Presidente Getúlio, outras três mortes foram registradas em municípios vizinhos.
Com prejuízos calculados em R$ 60 milhões, a reconstrução do município contou com recursos federais, estaduais e próprios. Obras emergenciais, como revitalização de asfalto, troca da rede de água e pavimentação de ruas, transformaram principalmente o bairro Revólver, símbolo da tragédia.
Um ano após o desastre, a Prefeitura inaugurou um memorial em homenagem às vítimas, composto por 18 pilares de granito com placas que trazem os nomes daqueles que perderam a vida. O espaço se tornou um símbolo de respeito e resiliência, lembrando não apenas a dor do ocorrido, mas a força da comunidade na reconstrução.
Quatro anos depois, as lembranças permanecem vivas na memória dos moradores, enquanto as ações realizadas reforçam a capacidade de superação do município. A Prefeitura destacou, em nota, a solidariedade entre os moradores como peça fundamental para a recuperação da cidade:
“Momentos difíceis marcaram nossa história, mas a união da comunidade e o trabalho incansável permitiram que Presidente Getúlio se reerguesse.”
O memorial segue como um espaço de reflexão, lembrança e esperança para as futuras gerações, mantendo viva a memória daqueles que se foram e celebrando a força de uma comunidade que não desistiu de se reconstruir.