O dólar encerrou esta sexta-feira (29) em alta de 0,17%, cotado a R$ 6,0012 no mercado à vista, marcando a maior cotação nominal da história e a primeira vez que supera os R$ 6 em um fechamento de sessão. O avanço ocorre mesmo após declarações dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em apoio ao pacote fiscal do governo.
Durante o dia, a moeda norte-americana chegou a bater R$ 6,1168 na máxima intradiária, impulsionada pela desconfiança do mercado em relação à proposta de isenção de Imposto de Renda para contribuintes que recebem até R$ 5 mil mensais, vista como fiscalmente arriscada. No entanto, as falas de Lira e Pacheco ajudaram a aliviar parcialmente a pressão sobre o câmbio, levando o dólar a registrar leves perdas ao longo da tarde, antes de retomar a alta no fechamento.
Lira afirmou que a Câmara analisará medidas de cortes de gastos com responsabilidade e que propostas de renúncia de receitas, como a isenção de IR, só serão discutidas no próximo ano. Pacheco reforçou que a medida dependerá de condições fiscais sólidas para ser implementada.
No mercado de câmbio, o cenário foi amplificado pela disputa pela formação da Ptax de fim de mês, que influencia contratos futuros e aumenta a volatilidade. Apesar do alívio temporário no meio da sessão, a divisa dos EUA acumulou alta de 3,21% na semana.
O dólar turismo foi negociado a R$ 6,222 na venda, refletindo a forte valorização da moeda norte-americana em um momento de incertezas econômicas e fiscais no país.
Fonte: Infomoney