Os consumidores brasileiros sentiram no bolso o aumento de 2% no preço da gasolina, que passou a ser vendida a um preço médio de R$ 5,97 por litro nos postos de abastecimento na semana de 7 a 13 de julho. Esse reajuste reflete a alta de 7,1% nos preços das refinarias da Petrobras ocorrida no último dia 9, conforme dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP).
O gás de cozinha também sofreu reajuste nas refinarias, subindo 9,6% no mesmo período. Esse aumento, porém, impactou apenas 0,9% no preço final ao consumidor, elevando o preço médio do botijão de 13 quilos para R$ 101,75, contra R$ 100,85 na semana anterior.
Embora não tenha sido reajustado pela estatal há mais de 200 dias, o diesel S10 registrou um aumento de 0,8% nos postos, sendo vendido a um preço médio de R$ 6,01 por litro durante a mesma semana.
Devido a restrições orçamentárias, a ANP reduziu em 43% a amostra de preços dos combustíveis pelo país, e as intensas chuvas no Rio Grande do Sul impediram o levantamento em algumas das 36 cidades incluídas na pesquisa.
Apesar do reajuste da Petrobras, o preço da gasolina no Brasil continua inferior aos preços internacionais. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem média da gasolina em relação ao Golfo do México era de 6% no fechamento do último dia 17, sugerindo um espaço para alta de R$ 0,18 por litro. Nas refinarias da Petrobras, a defasagem é ainda maior, chegando a 7%, enquanto a Refinaria de Mataripe, na Bahia, com 14% do mercado e reajustes semanais, registra apenas 1% de diferença em relação ao mercado internacional.
No caso do diesel, a defasagem nas refinarias da estatal atingiu 10%, o que pode levar a um reajuste de R$ 0,39 por litro. Em Mataripe, essa defasagem é de apenas 3%.