A viúva de Ricardo Godoi, Rafaela Gastaldi, compartilhou novas informações sobre as circunstâncias da morte do influenciador, que faleceu após receber anestesia geral para fazer uma tatuagem em um hospital particular de Itapema. Durante entrevista à repórter da NDTV Record, Juliana Senne, na quarta-feira (22), Rafaela revelou que o marido já havia sido alvo de ameaças antes do incidente.
Ameaças e Mensagens Estranhas
Rafaela afirmou que, em diversas ocasiões, escutou o marido recebendo ameaças via telefone. Ela disse que essas ameaças aconteceram em conversas que ele mantinha em casa, quando ela estava fazendo outras atividades. “Eu já escutei algumas ameaças com ele no telefone, e ele recebia muitos xingamentos”, relatou a viúva. Além disso, Rafaela revelou que está recebendo “mensagens estranhas” e acredita que a morte de Ricardo pode estar ligada a algo além de negligência no procedimento de tatuagem. “Eu tô recebendo algumas mensagens que não estão batendo, e me fazem entender que talvez tenha sido mandado fazer isso”, disse ela.
Informações Desconhecidas pela Polícia
O delegado responsável pela investigação, Aden Claus, afirmou que, até o momento, a Polícia Civil não foi informada sobre as ameaças que Rafaela mencionou. “A Polícia Civil não foi informada sobre isso até o momento”, declarou o delegado. A polícia segue investigando a causa da morte, mas ainda não tem informações sobre essa possível linha de investigação.
O Procedimento de Tatuagem
O procedimento que levou à morte de Ricardo estava relacionado a uma parceria com o estúdio de tatuagem. De acordo com Rafaela, o influenciador havia sido convidado para realizar uma tatuagem de anjo Gabriel nas costas, com o custo do procedimento sendo coberto pelo estúdio, como parte de uma troca de divulgação. Rafaela revelou que, no dia da tatuagem, sugeriu ao marido que não fosse necessário fazer o procedimento com anestesia geral, já que ele já havia passado por outras tatuagens sem o uso de sedação. Contudo, Ricardo optou por fazer a tatuagem com a anestesia, alegando que seria para Deus. “Eu falei: ‘A gente já aguentou muita tatuagem sem dor, por que fazer assim?’. Ele me respondeu: ‘Mas eu vou fazer porque é pra Deus essa tatuagem. Eu vou fazer o anjo Gabriel nas costas’”, contou Rafaela.
Exumação e Necropsia
A Polícia Civil iniciou uma investigação sobre a morte e, nesta quarta-feira (22), exumou o corpo de Ricardo para realizar a necropsia e exames complementares. O delegado informou que a causa da morte foi parada cardiorrespiratória, com base no atestado de óbito, que mencionou o uso de anabolizantes. No entanto, familiares de Ricardo afirmaram que ele não usava anabolizantes há cinco meses e estava apto para realizar o procedimento de tatuagem. O delegado confirmou a presença dessa informação no atestado de óbito, mas declarou que ainda não há dados oficiais sobre o uso de anabolizantes. “Temos apenas informações informais”, afirmou o delegado.
Posicionamento do Estúdio e CRM-SC
O estúdio de tatuagem que realizou o procedimento em Ricardo também se pronunciou. Em nota, o estúdio lamentou a morte e esclareceu que o influenciador tinha assinado um termo de consentimento para o procedimento. O estúdio explicou que contratou um hospital particular e uma equipe médica especializada para garantir a segurança durante a tatuagem com anestesia geral. No entanto, durante o início da sedação e intubação, Ricardo sofreu uma parada cardiorrespiratória, antes mesmo de começar a tatuagem. O médico responsável tentou reanimá-lo, mas não teve sucesso.
O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) também emitiu uma nota, informando que está acompanhando o caso e tomará as medidas necessárias com base nas informações obtidas.
Investigação em Andamento
A Polícia Civil segue com as investigações sobre a morte de Ricardo Godoi. O delegado Aden Claus informou que o caso está sendo tratado com atenção e que testemunhas serão ouvidas nos próximos dias. O objetivo é esclarecer as circunstâncias que levaram à morte do influenciador e identificar se houve negligência ou outras responsabilidades no ocorrido.
Fonte: ND+