Na manhã desta terça-feira (4), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) deflagrou a segunda fase da operação Unidade Móvel em Santa Catarina. A ação tem como objetivo apurar possíveis crimes de fraude em licitações e associação criminosa, que teriam ocorrido entre 2021 e 2024. Ao todo, foram cumpridos 50 mandados de busca e apreensão em diferentes municípios do estado.
A investigação aponta que um grupo estaria envolvido em irregularidades em contratos administrativos, facilitando a contratação de empresas do setor de transporte de pacientes, assessoria às Secretarias Municipais de Saúde e fornecimento de sistemas informatizados. Além disso, há indícios de que servidores públicos tenham participado do esquema para beneficiar determinadas empresas.
O Poder Judiciário determinou a suspensão da participação dos investigados em licitações e contratações públicas, impedindo que atuem tanto diretamente quanto por meio das empresas envolvidas. Também foi ordenado o bloqueio de valores e ativos financeiros que somam R$ 3,4 milhões.
Municípios Alvo da Operação
Entre as cidades investigadas estão São Miguel do Oeste, Guaraciaba, São José do Cedro, Bom Jesus do Oeste, Princesa, Bandeirantes, Flor do Sertão, São João do Oeste, Santa Helena, Sul Brasil, Descanso, Riqueza, Mondaí, Cordilheira Alta, Jardinópolis, Rio Fortuna, Águas Mornas e Antônio Carlos.
Posicionamento das Prefeituras
Algumas prefeituras já se manifestaram sobre a operação. A administração municipal de Bandeirantes afirmou que forneceu prontamente toda a documentação requisitada e reafirmou seu compromisso com a transparência e legalidade. Destacou ainda que os documentos solicitados abrangem o ano de 2023 e foram entregues de forma célere à equipe responsável pela investigação.
Já a prefeitura de São José do Cedro declarou que colaborou espontânea e integralmente com as solicitações do Gaeco, fornecendo todo o material necessário para a continuidade das investigações.
As demais prefeituras citadas pelo Ministério Público de Santa Catarina ainda não se pronunciaram sobre a operação.
Fonte: CNN